sábado, 6 de dezembro de 2014

Preconceito a distância

Pesquisa revela que 60% dos entrevistados notam que a formação a distância é menos valorizada na disputa por um emprego
10/06/2013 | 00:09 | JÔNATAS DIAS LIMA
A educação a distância no Brasil evoluiu. A modalidade que começou rodeada de suspeitas, vista como apenas um meio de burlar o ensino presencial, ganhou consistência com medidas de fiscalização mais rigorosas, a adesão das universidades federais e a influência dos programas ofertados por alguns dos melhores centros de pesquisa do mundo, como Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT). Mesmo assim, o mercado de trabalho parece não ter se dado conta das melhorias no setor. Uma pesquisa recente organizada pela rede Universia e pelo portal Trabalhando.com mostra a rejeição sofrida por quem revela ter se formado em um curso a distância.
No levantamento feito com internautas de nove países ibero-americanos, incluindo o Brasil, 60% dos participantes disseram ter notado que a formação a distância é menos valorizada na disputa por um emprego. A falta do vínculo entre professor e aluno seria a principal causa para a rejeição. Mesmo assim, 47% dos entrevistados afirmaram que a educação a distância se equipara ao ensino presencial.
Evolução
Um censo divulgado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) mostra uma evolução exponencial da modalidade. Em 2009, havia 528.320 matrículas. Dois anos depois, o total era de 3.589.373.
Dano moral
No dia 14 de maio, o juiz federal Raul Mariano Junior, titular da 8ª Vara da Subseção Judiciária de Campinas (SP), condenou o Conselho Federal de Serviço Social a pagar R$ 100 mil por danos morais e multa diária de R$ 5 mil caso um material publicitário preconceituoso contra o ensino a distância não fosse recolhido. A campanha veiculada em 2011 apresentava a frase “Educação não é fast-food – diga não à graduação a distância em Serviço Social”. A ação foi aberta pela Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância. A sentença foi publicada no Diário Oficial.

  •  dicotomia também é constatada por Emílio Morschel, diretor da Nossa Gestão de Pessoas e Serviços. “Quando há dois candidatos em igualdade de condições, mas um se graduou no ensino a distância e outro no presencial, a vaga sempre fica com quem fez presencial”, afirma. Segundo Morschel, o empresariado ainda vê a graduação a distância como um curso de segunda linha, embora o julgamento mude completamente quando se trata de cursos técnicos, especializações ou MBAs.
REFERENCIA


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